Proximidade

(…)
Chega perto, vem sem medo
Chega mais meu coração
Vem ouvir este segredo
Escondido num choro ou canção
Se soubesses como eu gosto
Do teu cheiro teu jeito de flor
Não negavas um beijinho
A quem anda perdido de amor
(…)

Os versos de “Falando de amor” de Tom Jobim sempre me deram um “quentinho” no coração. Parecem carregar aquele medo inicial do envolvimento, a promessa do amor duradouro, o desejo de proximidade que vibra com o momento que se percebe o outro encorajando a chegar junto. É uma bela e sedutora conversa.

Depois de tempos de convivência, de morar juntos, a proximidade pode não ser uma experiencia tão romântica.

Pode ser sufocante até, agora em especial pelas crises externas, como se relacionar durante a pandemia, com home office e isolamento social.

Em terapia de casal a gente avalia a qualidade da proximidade atual do casal.

Se pergunta como foi desde o começo, como evoluiu, o que se espera, como gostam de conviver.

Será que a proximidade está recompensadora (aos dois)?

Será que existe espaço para distanciar, preservar a individualidade e reaproximar?

A distância parece impor riscos ao relacionamento?