(In)Compatibilidades


Amar é comunicar as diferenças

Depois de um tempo em relação as pessoas começam a perceber incompatibilidades como se viessem do nada. Como se um dia se apercebesse que “no começo não era assim!”. E não era mesmo!  

No início se vive o encantamento da paixão, tudo é muito novo e excitante! Nesta fase da sedução, fazemos nosso melhor transparecer e deixamos nossas qualidades menos desejáveis escondidinhas.

Quando apaixonados queremos apenas o bom da relação e, assim, tudo gira em torno das compatibilidades e que se complementa positivamente, o que gosta de se ter em comum.

Ao longo do relacionamento encontramos também as partes que se conflitam. São as incompatibilidades nos hábitos, interesses, companhias. Parecem se tornar opostos. Um quer sair em alto estilo, o outro prefere assistir TV de pijama. Um é passional e energético, o outro é lógico e calmo. Um “não existe” até às 10h da manhã, o outro acorda todos os dias às 6h com o melhor humor. E tantas outras polaridades de um querer exatamente o oposto do que o outro naquele momento.

Desconfortos e conflitos nas escolhas surgem, trazendo impasses de convivência. Pode não parecer, mas estas diferenças de temperamento, hábitos e cultura não indicam que o amor vá diminuir ou acabar. Pelo contrário, são as diferenças que podem nos ensinar novas possibilidades de ser ou ver a vida.

O amor fortalece quando aceitamos por inteiro nosso(a) parceiro(a), sua história e sua origem. O sentimento de amor por si não basta para um relacionamento, é preciso encarar as incompatibilidades, mostrar o amor em ações cotidianas. A solução para gênios diferentes está na capacidade de cada um em flexibilizar. 

Alguém tem que ceder. A negociação, o movimento do amor se dão quando ambos se sentem respeitados e aceitos, também se permitem a respeitar e aceitar ao outro. Como descobrir o que é justo para que cada um ceda? Comunicando!

Muitas vezes cedemos a uma opção ou opinião sem que o outro saiba que estamos cedendo e este esforço pela relação não é reconhecido.

É preciso carinho para conversar (realmente ouvir e ser ouvido) sobre as diferenças e buscar juntos as soluções para elas. Cada qual precisa chegar até a metade do caminho para que se encontrem e tenham seu esforço recompensado. É como uma balança de dois pratos que precisa sempre voltar ao equilíbrio, senão um lado cai.

Cada casal pode inventar o seu próprio jeito de encontrar este equilíbrio, cuidando para que ninguém se sinta sobrecarregado. Este é o desafio do relacionamento: amar apesar das “melhores”
e das “piores” qualidades de seu(sua) parceiro(a).

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *