Não somos seres autossuficientes. Precisamos do outro, precisamos do amor, da atenção, da presença. “Saber” ser amado é tão importante quanto amar.
Sem querer querendo encontrei de novo uma música para falar de casal, essa vez de Paralamas do Sucesso: “saber amar é deixar alguém te amar”. (A canção fala do “amor” controlador, cruel e ciumento, o que é oposto de saber amar e da receptividade amorosa.)
Como anda sua capacidade de receber e reconhecer o amor do outro?
A receptividade amorosa faz parte da balança do dar e do tomar.
É uma ordem imponente ao relacionamento, o mantém, fortalece ou desgasta.
Na terapia familiar sistêmica esta é uma ordem conhecida e identificada pelo equilíbrio.
Se o equilíbrio falta, a raiva aparece, a proximidade pode se tornar ruim.
Quando as pessoas enrijecem numa forma de funcionar, tornam a relação toda mais rígida também. O carinho, o respeito passam a ser regulados.
Ao invés de romper a relação, acabam entrando numa dança de trocas “negativas”, onde cada um dá um pouco menos de si por despeito ou ainda se tornam pessoas mal agradecidas, sem dar valor aos esforços e carinhos.
O equilíbrio das trocas “do ruim” mantém o relacionamento cada vez mais tóxicos.
Na terapia de casal se busca realinhar esta balança.