Participar em terapia de casal parece ser algo assustador ou cansativo para muita gente. Não sei se cai numa ideia de que as sessões serão de “DRs” chatas e enfadonhas, pelas quais ainda é preciso pagar. Pior ainda se adicionar a ideia de que será um julgamento de quem está certo ou errado.
Gosto de convidar a pensar a terapia de casal como uma nova chance ao amor, um tempo especial para reconhecer o estado de saúde da proximidade, da receptividade, do cuidado mútuo e do desejo.
É uma forma de carregar junto a missão de “ajeitar a relação”, renovar a convivência, assimilar as mudanças que a vida provocou ao longo do tempo que estão juntos e se lançar ao rumo mais proveitoso.
A terapia de casal auxilia a planejar em companhia, considerando as ideias, valores e sentimentos de cada um e do que têm em comum.
Acolhe as dores e feridas que invariavelmente causamos e sofremos. Propõe organizar o caos das diferenças, inseguranças e ciúmes, provoca a estar intencionalmente presente um ao outro.
Muitos casais estão presos às narrativas de expectativas individuais (muitas vezes frustradas) e passam a se ver e agir como incompatíveis, cheios de impasses insolúveis.
Terapia de casal é um convite para reler o contrato implícito da relação e atualizar suas cláusulas, celebrando os êxitos e desafios de sua história, criando perspectivas e desenvolvendo resiliência.